Alcançar os requisitos para a certificação em uma região como a do sertão nordestino é mais complexo do que em áreas de com clima mais ameno, afirma David Douek, diretor da consultoria Otec, que participou do projeto e da condução das obras.
O uso de ar-condicionado, por exemplo, não pôde ser descartado. "A temperatura alta e o ar seco não permitem desenvolver um projeto que utilize apenas ventilação natural", explica. A solução foi incluir no projeto algumas mudanças, como o investimento pesado em materiais reflexivos, que diminuíssem a capacidade térmica das construções. Foram usadas telhas termoacústicas na cor branca e quebra-sóis metálicos, para reduzir a incidência luminosa. Nas fachadas foram utilizados quebra-sóis metálicos, que impedem parte da incidência solar. A técnica reduz a intensidade de calor projetada nas paredes durante o dia, reduzindo o uso de ar-condicionado. As áreas externas foram pavimentadas com piso-grama ou intertravado, que permitem infiltração da água no solo e evitam a impermeabilização do terreno.