Uma das principais dificuldades para quem deseja começar um empreendimento no comércio é achar o local para instalar seu negócio. A falta de recursos para custear o preço elevado das locações e a necessidade de expansão fizeram com que André Krai, empresário gaúcho de uma marca têxtil, enfrentasse o problema com muita criatividade. Durante uma viagem a Cingapura, assistiu ao lançamento de um carro feito em uma grande caixa de alumínio. Diante da proposta inovadora, o empresário teve a ideia de montar sua loja em um contêiner marítimo. Para transformar o negócio, Krai reciclou contêineres com mais de 20 anos de uso e os adequou à finalidade comercial. A nova loja chamou atenção de clientes e outros empresários que gostaram da proposta. Com a oportunidade, o que era solução pessoal virou modelo de franchising com patente registrada e, desde 2009, a Container Ecology Store está presente em sete estados do Brasil. A franquia desenvolvida pelo empresário gaúcho usa contêineres e materiais reciclados na estrutura das lojas, tem decoração padronizada e é voltada aos empreendimentos multimarcas. Para se tornar franqueado é preciso um investimento inicial de aproximadamente R$ 79 mil, além do pagamento mensal de royalties no valor de R$ 1 mil. Na instalação de novas lojas, Krai avalia o potencial de mercado das marcas e o local escolhido pelo franqueado, já que uma de suas exigências é que não existam duas unidades na mesma cidade. “É possível alterar uma loja de lugar, mas para isso o franqueado deve obter nossa aprovação. Qualquer erro na escolha pode ser fatal para o sucesso”, diz.
O modelo diferenciado de negócio já soma 40 franqueados no Brasil e fatura R$ 2 milhões por ano. “Nossa expectativa é dobrar o faturamento em 2012, alcançar 80 franqueados até o final deste ano e em breve lançar uma unidade na Alemanha”, afirma Krai. “Além disso, devemos lançar em São Paulo ainda no mês de junho o projeto de uma rede de hotéis em contêineres, para acompanhar o sucesso que atingimos no comércio”. O uso de contêineres apresenta grandes vantagens aos comerciantes, já que o valor do investimento com locação é menor do que o necessário em uma loja comum e há o benefício da mobilidade. Entretanto, Heloisa Omine, professora do Núcleo de Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing, alerta para a necessidade do empreendedor identificar se o modelo pode ser aplicado ao seu negócio. “O empreendimento deve seguir o perfil da inovação e temporariedade. Caso tenha um caráter permanente, será mais complicado, já que os primeiros que usarem os contêineres serão inovadores, mas quem vier depois não criará uma identidade própria”, afirma.
O modelo diferenciado de negócio já soma 40 franqueados no Brasil e fatura R$ 2 milhões por ano. “Nossa expectativa é dobrar o faturamento em 2012, alcançar 80 franqueados até o final deste ano e em breve lançar uma unidade na Alemanha”, afirma Krai. “Além disso, devemos lançar em São Paulo ainda no mês de junho o projeto de uma rede de hotéis em contêineres, para acompanhar o sucesso que atingimos no comércio”. O uso de contêineres apresenta grandes vantagens aos comerciantes, já que o valor do investimento com locação é menor do que o necessário em uma loja comum e há o benefício da mobilidade. Entretanto, Heloisa Omine, professora do Núcleo de Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing, alerta para a necessidade do empreendedor identificar se o modelo pode ser aplicado ao seu negócio. “O empreendimento deve seguir o perfil da inovação e temporariedade. Caso tenha um caráter permanente, será mais complicado, já que os primeiros que usarem os contêineres serão inovadores, mas quem vier depois não criará uma identidade própria”, afirma.
As vantagens do modelo para lojas temporárias também chamaram a atenção de empresários fora do comércio varejista. Arcadio Martinez trabalhava em um restaurante espanhol quando conheceu o artista plástico Alê Jordão e resolveram montar um negócio. Com vontade de inovar, o artista sugeriu que adaptassem contêineres para montar um estabelecimento com balada, restaurante e exposições de arte. No final de 2010, foi montado em São Paulo o projeto Nbox que usa doze contêineres reciclados. “Gostamos da ideia porque é um espaço diferente, tem a vantagem de ser móvel, permite a reciclagem e diminui os custos de operação”, afirma Martinez. “Planejamos mudar de local daqui três meses e abrir uma nova filial no exterior.”
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