Os arquitetos Bruno Giugliani, Cintia Gusson Etges e Karen Bammann, de Porto Alegre, venceram o concurso de arquitetura Uma Escola Para Guiné-Bissau, realizado pelo IAB-DF (Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento Distrito Federal).
O concurso tinha como objetivo escolher o melhor estudo preliminar de arquitetura para uma escola de aproximadamente 350 m². Os autores do projeto optaram por um conjunto de peças ao invés de um único edifício, que "abraçam" uma praça central, permitindo um maior dinamismo dos espaços, além de melhor movimentação de ar entre as edificações.
Os arquitetos também privilegiaram métodos construtivos difundidos na comunidade e capazes de garantir uma boa e correta execução da obra. Materiais como adobe e palha tiveram preferência, não só pelo custo, mas também por apresentarem mínimo impacto ao ambiente e serem aptos à construção por mutirão.
Uma plataforma de concreto armado ergue os edifícios do solo sobre fundações de superadobe. Sobre ela serão assentadas diretamente as alvenarias de adobe, que conformarão livremente os espaços sob uma cobertura independente. Telhas metálicas serão apoiadas na estrutura de madeira do telhado, para refletir os raios solares e, não sendo compostas de materiais de grande inércia térmica, devem garantir boa ventilação, impedindo que o calor se mantenha no interior.
Segundo a ata do julgamento do concurso, o projeto "reúne as qualidades pedidas no Edital ao sugerir um partido singelo e expressivo, que propõe uma leitura criativa e contemporânea da arquitetura e dos materiais locais. Boa estratégia de implantação, tanto do ponto de vista do conforto bioclimático como da organização do programa". O empreendimento será construído em regime de mutirão na comunidade de São Paulo, em Bissau, Guiné-Bissau.
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