quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Museus artísticos e sensoriais/Museums and art sensory

Inaugurados há não mais de dois anos, alguns dos museus contemporâneos de maior sucesso em todo o mundo têm em sua arquitetura diferenciada o principal ponto de intersecção. Fazer do próprio prédio uma atração cultural nunca foi segredo, mas ganhou ainda mais força com a abertura do museu Guggenheim, em Bilbao, em 1997. Uma obra surpreendente de Frank Gehry, que ajudou a transformar a pequena cidade portuária no norte da Espanha.

Confira cinco dos novos museus que promovem uma experiência artística e altamente sensorial.




1- Riverside Museum, Glasgow, Escócia



Se tem a assinatura de Zaha Hadid, o museu já vale a visita. Uma das mais celebradas profissionais contemporâneas, a arquiteta iraquiana usou suas linhas sinuosas para traçar o Museu do Transporte de Riverside, na Escócoa. O prédio lembra um túnel, aberto de um lado para o rio e de outro para a cidade. O telhado tem linhas que remetem aos traçados de uma ferrovia e também ao movimento das águas do rio Clyde. Dentro, uma exposição com a história das ferrovias e autovias do país.
Aberto em junho de 2011, o museu comemorou um milhão de visitantes em seis meses.

2- Teshima Art Museum, ilha de Teshima, Japão


Esqueça todos os paradigmas de um museu tradicional. O Museu de Arte de Teshima aponta um novo caminho para os espaços expositivos. Em silêncio e sem sapatos, os visitantes entram na enorme bolha de concreto com dois rasgos por onde passam a iluminação. Encravado em uma colina, o museu convida a natureza do entorno a fazer parte da experiência.


Luz, água do mar e ar ali também se tornam obras de arte. Pequenas gotas d’água brotam do chão e se movem para juntar-se a outras porque o piso não é totalmente reto. Os “rasgos” na bolha permitem sentir vento e sons vindos do exterior. Esse espaço vai abrigar exposições e instalações.
O projeto é do arquiteto japonês Ryue Nishizawa, ganhador do Pritzker em 2010, e do artista Rei Naito. Um segundo pavilhão abriga a loja e o café do museu.


3- OCT Design Museum, ShenZhen, China



A cidade de ShenZhen, na China, quer manter-se no posto de capital do design. A chancela foi dada em 2009, pela Unesco, que a definiu como uma das cidades mais criativas do mundo. Desenhado pelo arquiteto Zhu Pei, o OCT Design Museum vem completar a cena. O museu tem o formato de uma elipse que remete a uma gota d’água, segundo seu criador. Umas fendas no topo fazem as vezes de janela. O centro expositivo fica em OCT Harbour, uma área de ShenZhen destinada à vida cultural dos moradores e turistas.
O arquiteto chinês acaba de colocar o ponto final da construção que vai ter programação intensa destinada a discutir moda, design e arquitetura.



4- Soumaya Museum, Cidade do México



O museu Soumaya, no México, guarda a coleção de arte do empresário mexicano Carlos Slim, apontado pela revista Forbes como o homem mais rico do mundo.
O acervo compreende obras de arte contemporâneas, peças de cunho religioso e a coleção de moedas do multimilionário. Soumaya é o nome da esposa de Slim, que foi homenageada.


Originalmente inaugurado em 2004, o museu ganhou um novo prédio no ano passado, desenhado pelo arquiteto mexicano Fernando Romero, genro de Slim. Em aço e em formato de nuvem, o prédio lembra obras de Frank Ghery, como alguns críticos pontuaram.


5-Ordos Art & City Museum, Ordos, Mongólia


Com forma orgânica, esse museu balançou as “estruturas” arquitetônicas da cidade de Ordos. Construído em uma parte da cidade que está sendo urbanizada, o prédio foi desenhado pelo escritório chinês MAD Arquitetos.
Feito com aço polido, o prédio abriga galerias diversas para as mostras artísticas. A luz natural é garantida por rasgos na estrutura. Os arquitetos quiseram propor esse “meteorito amorfo” como uma contraposição às estruturas geométricas e cartesianas do plano urbanístico concebido para o novo centro da cidade.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...