Em mutação, o parque Millennium recentemente abriu o museu feito por Renzo Piano para ser uma ala contemporânea do Instituto de Arte.
Esse parque já exibia o teatro metálico para concertos Jay Pritzker, de Frank Gehry, mas agora tem duas novas pontes e obras interativas.Meio esquecidos na velha área central, a escultura "Flamingo" (1974), de Alexander Calder, e o conjunto do Federal Building, de Mies van der Rohe, estão em restauração.
Hoje com 2,7 milhões de habitantes, a cidade que inventou o arranha-céu, no fim do século 19; com a arquitetura moderna, do início do século 20; adentrou o milênio reivindicando ser sede das Olimpíadas de 2016, que perdeu, sem perder o elã, para o Rio de Janeiro.
Há 140 anos, em 1871, um incêndio destruiu Chicago, matou 300 pessoas, queimou 18 mil prédios e deixou 90 mil desabrigados (a cidade, então, já tinha 300 mil habitantes). Mas a catástrofe abriu caminho para a moderna arquitetura.
"Não faça planos acanhados", dizia Daniel Burham, artífice, em 1908, do plano de obras que norteou a reconstrução após a tragédia.
A cidade cresceu e se tornou violenta, notadamente durante a Lei Seca, que, de 1920 a 1933, proibindo o álcool, fez a fama dos gângsteres.
Desde logo movida a doações de empresários da indústria e do comércio, a metrópole edificou uma galáxia de instituições culturais no parque Grant: museus, aquário e planetário, entre eles.
Museu a céu aberto, atraiu arquitetos renomados nos último cem anos, numa lista que tem início com Burham, passa por Louis Sullivan, Frank Lloyd Wright e Mies van der Rohe, prossegue com Helmut Jahn e não termina com Frank Gehry.
Nesse momento de êxtase com o novo museu do parque Millennium , Renzo Piano é o mais festejado deles.
Mas fique atento: à beira do lago, integrada de norte a sul pela avenida Michigan, "Windy City" é plana, tem quarteirões regulares e seria perfeita para caminhar não fossem as intempéries -e o frio, que derruba os termômetros de setembro a maio.
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