MUSEU NO MÉXICO -

Recém-completado, o Museu Soumaya, na Cidade do México - financiado por Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes - foi concebido como uma escultura e abriga pinturas, esculturas e objetos de arte desde o século 14 até o presente - incluindo a segunda maior coleção do mundo de esculturas de Rodin. Com 6 mil m2 de exposição, estrutura é composta por 28 colunas curvas de aço, cada uma com a sua própria geometria e forma, unidas por anéis e por uma série de diagonais que formam uma figura isométrica. Cada nível dela, tem a sua própria dimensão. A fachada é composta por módulos hexagonais de alumínio, a fim de otimizar a conservação e durabilidade de todo o edifício.

TORTONA PARTE DOIS - TORTONA PART TWO

Com a presença massiva de jovens designers e ainda sem contrato com grandes empresas, a região se torna um grande celeiro de novas ideias, protótipos e ousadias. Também é o ponto de encontro de artistas e coletivos de todo o mundo que aproveitam a efervescência da semana para mostrar seu trabalho ao público. Neste ano, o grande destaque ficou por conta do trabalho de 53 jovens designers suecos, que expuseram coletivamente no estande Swedish Love Stories, montado num grande galpão. Trabalhos com madeira, fibra de celulose, peças recicladas, cerâmica e lã estavam entre as que mais chamaram a atenção no SuperStudio Piu.
Os materiais sustentáveis também estavam na base dos demais trabalhos que encantaram compradores e o público em geral durante os sete dias de evento.

Armário de gavetas da galeria Rossana Orlandi no standa da Alcantara no SuperStudio Piu

As gavetas da cômoda da Poltrona Frau, mais parecem caixas de presente
Cadeira criada por Elise Gabriel para The Green Factory usando madeira e fibra de vidro reciclada.
Da coleção Mestres da Cassina, a estante Veliero foi criada por Franco Albini

Design e tecnologia se unem na banheira Furo, da empresa japonesa Inax, para criar densa espuma

Envelopes de papel colorido viram luminária nas mãos dos designers suecos do estúdio Modern Times

Feita em couro, a poltrona de Kenneth Cobonpue lembra uma flor

Gravatas servem de revestimento para o pufe criado pela sueca Maria Westerberg apresentado no SuperStudio Piu

TORTONA PARTE UM - TORTONA PART ONE

Localizada na região Norte de Milão, a antiga região industrial conhecida como Zona Tortona engloba ruas já famosas no roteiro da semana de design como a Via Tortona, onde estão o SuperStudio Piu, o Temporary Museum for New Design, o hotel NH - que sempre transforma seu saguão principal em área expositiva para novos designers - e diversos pequenos estúdios; a Via Savona, para onde se mudaram diversas marcas renomadas como Dedon e Cappellini; e Via Stendhal , onde está localizado o incensado estúdio de Tom Dixon.

Juno Chair desenhada por Ayala Serfaty para a Aqua
Mesa Go da Vitamin design. Toque divertido na Zona Tortona

O ninho foi o tema da nova coleção do De Ponte Atudio. Na foto, luminária Nest

Poltrona Crystal Blanco em lã criada por Ayala Serfaty

Poltrona Tron da Cappellini. Sucesso inspirado no filme

Sofá Puzzle do DPSA+D cuja base em madeira permite dar novas composições aos cubos

CAIXAS ÚTEIS - USEFUL BOXES

Exposição de tronos - Exhibition of thrones

O Palácio de Versalhes, na França, abriga uma exposição de tronos utilizados por monarcas de diversos países ao longo da história.

A mostra, que tem 40 tronos de diferentes partes do mundo, dá uma ideia da imponência e da grandiosidade com que reis e imperadores conduziram as suas nações ao longo dos séculos. Uma das peças expostas foi utilizada por Napoleão Bonaparte durante sessões do Senado francês. O imperador, que tomou o poder em 1799, teve um número maior de tronos do que qualquer monarca da França antes dele.
Outro trono da exposição foi utilizado pelo papa Inocêncio 10º, que comandou a Igreja Católica entre 1644 e 1655. Outro, chamado de "howdah", era colocado nas costas de elefantes que carregavam o rei da Tailândia, que era considerado a reencarnação de um deus.

O Palácio de Versalhes, que abriga a exposição, serve hoje tanto como uma lembrança das antigas monarquias francesas como quanto um símbolo da sua derrocada, depois da queda de Luís 16, em 1792.

Complexo residencial - Residential complex

Foi apresentado o vencedor do concurso privado para o complexo residencial Wafra Living, em Jabriya, Kuait. A equipe kuaitiana da Agi Architects propôs um novo ponto de referência para a cidade, em um projeto de 42 mil m², finalizado em 2010.

O ponto forte do projeto é a integração com o entorno, que estabelece uma relação com o resto da cidade. A edificação mantém o mesmo padrão, formas e geometria dos edifícios vizinhos, o que não gera grande impacto no skyline geral da cidade. O conjunto é composto por um edifício em forma de L, com limites ao norte e leste, e um bloco mais alto na parte posterior. Os vãos nos blocos servem para proporcionar melhor vista aos apartamentos situados nos pisos inferiores, sem esquecer de oferecer privacidade em relação aos edifícios vizinhos. A pele da fachada, além de uniformizar esteticamente, funciona como uma capa que oculta espaços de serviço.
Segundo os autores, a proposta foi criar espaços abertos e públicos contemporâneos, ambientalmente sustentáveis, com privacidade e segurança. São três tipos de apartamento para aluguel, com bastante luz natural e espaços comuns, onde a privacidade é potencializada. O programa inclui uma zona comercial no térreo e três acessos para veículos, além de piscinas, ginásio e quadra de basquete. Também há uma praça elevada que fuciona como espaço comunitário para os moradores e permite que o térreo converta-se em extensão da calçada.

Fachada ondulada - Wavy facade

A Galeria Centercity, uma loja de departamento de vários andares em Cheonan, na Coréia do Sul, é o mais novo projeto concluído do escritório holandês UNStudio. O efeito moiré - esse ondulado que você vê na imagem - é obtido graças as duas camadas de lamela da fachada – uma interna e uma externa. Na camada externa, durante a noite, são projetadas animações e padrões de luz. Durante o dia, a luz natural infiltra-se pela fachada e reflete no interior completamente branco da edificação, a fim de reduzir a utilização de luz artificial. Na camada interna, estão as aberturas mais estratégicas para a entrada de luz, enquanto que as lamelas da camada externa não permitem que a luz solar entre de forma direta, evitando o superaquecimento. O interior do edifício é organizado e revelado em camadas que aparentam estar se desdobrando e se transformando na medida em que os visitantes se movem pelo espaço. Os níveis são caracterizados por uma repetição e acúmulo de curvas. Reunidos em quatro grupos, cada um acomodando três andares, todo o programa está ligado ao vazio central. O arranjo facilita o fluxo e a circulação a partir do piso térreo até o terraço.
Reconhecendo as atuais tendências comportamentais da Ásia, em que os locais de varejo também têm uma função altamente social, o projeto se concentra em oferecer uma experiência memorável para os clientes. Por isso, algumas áreas da loja são reservadas para a programação cultural, incluindo exposições e desfiles de moda.

Estrutura de madeira - Wood Structure

A maior estrutura de madeira do mundo é uma espécie de guarda-sol gigante. Recém-inaugurada em Sevilha, na Espanha, a inovadora estrutura é feita de madeira colada a um revestimento de poliuretano. As escadas e fachadas da edificação ficam abaixo do guarda-sol de madeira.
A obra foi originalmente programada para ser uma garagem. Mas, após escavações revelarem achados arqueológicos, a cidade decidiu fazer do local um museu e centro comunitário.

Nomeada Metropol Parasol, a estrutura projetada por J. Mayer H. Architects abriga, hoje, um museu, um mercado de agricultores, uma praça elevada e um restaurante – sendo que a maioria dos equipamentos está localizada ao ar livre. No último piso, acima da estrutura de guarda-sol, estão localizados passeios elevados, que permitem vistas fantásticas da cidade aos visitantes.

Aberta e Transparente - Open and Transparent

O escritório austríaco Coop Himmelb(l)au venceu o concurso para a concepção do novo Complexo Parlamentar da Albânia – a mais importante instituição pública para a República da Albânia, na cidade de Tirana. Aberta e transparente, permitindo a entrada da luz natural por meio de suas “peles” cristalinas e, ainda, que os visitantes observarem todos os detalhes pelo lado de fora, a edificação foi projetada a fim de representar a transparência da democracia da cidade. Localizado perto de outras importantes instituições governamentais da cidade, o complexo tem por objetivo ser um marco visual e contemporâneo para os cidadãos.
Com área de 28 mil metros quadrados, o projeto será composto por uma sala multi-nível, rodeada por uma praça e um parque público. Uma ampla escadaria conduz ao telhado ajardinado, no pedestal do prédio, que fica no hall central do Parlamento e é envolvido por um cone de vidro.

Externamente, a fachada de vidro é coberta por uma segunda pele de aço perfurado, a fim de melhorar o desempenho energético, mantendo a iluminação natural e ajudando na proteção contra ruídos, isolamento térmico e ventilação natural. O cone sólido da entrada principal ainda serve como um contraste à transparência.

Não mexa no antigo - Do not mess with the old

As restrições aos imóveis tombados --não podem passar por modificação sem autorização do patrimônio histórico-- assustam proprietários e levem muitos casarões e prédios à degradação. No entanto, não faltam casos bem-sucedidos de aproveitamento de bens tombados na cidade de São Paulo.

As editoras Gaia e Global, por exemplo, foram instaladas no casarão de estilo neoclássico francês de 1891, a antiga residência do arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928), na Liberdade, no centro.

Casa da Boia, que funciona em prédio construído em 1909 na rua Florêncio de Abreu, no centro de SP; aspectos da construção antiga foram recuperados

Casa da vergonha! - House of shame!

Carro-chefe do governo Dilma Rousseff, o programa Minha Casa, Minha Vida tem trabalhadores em condição degradante em São Paulo, que enfrentam falta de salário e alojamentos precários no interior do Estado.

Procurados, a Caixa Econômica Federal, responsável pelo Minha Casa, Minha Vida, e o Ministério do Planejamento, que gerencia o PAC, não comentaram os dados.

Absurdo da pressa - Absurdity of the rush

A Cidade Administrativa, nova sede do governo de Minas Gerais, completou um ano no mês passado já submetida a reformas.
Principal obra da gestão do hoje senador Aécio Neves (PSDB), o conjunto de prédios projetado por Oscar Niemeyer custou mais de R$ 1 bilhão, mas tem rachaduras em pisos e é alvo de 4 investigações do Ministério Público.

Construtoras lucrativas - Construction profitable

A empresa de consultoria Economatica divulgou no começo do mês de abril, um levantamento sobre a lucratividade, margem líquida e rentabilidade das ações no setor de construção civil da América Latina e Estados Unidos. De acordo com o levantamento, as construtoras brasileiras lideram dois dos três rankings, com destaque para o ranking de lucratividade, que conta com sete empresas brasileiras entre as dez primeiras.

A PDG Realty foi a mais lucrativa do setor em 2010, com lucro líquido de US$ 473,9 milhões no ano. Em segundo lugar vem a Walter Ind., dos EUA, com US$ 385,8 milhões, seguida pelas brasileiras MRV, Cyrela, Gafisa, Brookfield e Rossi. Em oitavo, está a NVR (EUA), seguida pela mexicana Urbi, e pela brasileira Even.

Entre as dez mais em valor de mercado, a Walter Ind. fica em primeiro, com US$ 7,48 bilhões, e PDG em segundo, com US$ 6,677 bilhões. Esse indicador é dominado por empresas americanas, com seis representantes, e quatro brasileiras. Em margem líquida, considerando somente empresas com patrimônio líquido superior a US$ 1 bilhão, o Brasil lidera. A MRV apresenta margem de 21% e a PDG Realty, em segundo, de 15,1%, seguida por Rossi (14,01%). O ranking é fechado por Urbi, Cyrela, Gafisa, Brookfield, NVR, Lennar e Horton.

Arquitetura NY anos 40 - Architecture 40 years NY

Andreas Feininger (1908-1999), por vinte anos fotógrafo da revista "Life", é autor das obras expostas em "Nova York anos 40", que está em cartaz no Museu Lasar Segall, zona sul de São Paulo. Pela primeira vez na América Latina, a exposição foi organizada pelo Arquivo Andreas Feininger Tübingen (Alemanha) sob os cuidados do Museu Zeppelin Friedrichshafen (Alemanha) e do Museu Lasar Segall (Brasil, até 26 de junho). Com curadoria de Jorge Schwartz e Marcelo Monzani, a retrospectiva reúne 93 fotos que retratam a megalópole em pontes, arranha-céus, indústrias, carros e multidões. Também estão expostos objetos usados por Feininger durante o período, como exemplares de revista, modelos de câmeras, filmes, estojos e um mapa de Manhattan.

Referência no fotojornalismo do século passado, Feininger tinha formação em Arquitetura pela escola alemã Bauhaus e era filho de Lyonel, um de seus fundadores. “Interessou-me tudo aquilo que foi criado pelo homem: desde a maquinária, até os prédios ou os aviões e, particularmente, interessa-me a cidade, embora de uma forma integral. Gosto de mostrar tudo como um conjunto: os carros, os sinais de trânsito, os edifícios e qualquer outra coisa presente”, disse Feininger em entrevista poucos anos antes de sua morte.