Os pedacinhos de vidro estão escondidos em um depósito desde outubro de 2005, uma espécie de lembrança de outros tempos, histórias e lições que ficaram guardadas na estante da memória. Juntos, formavam imensos vitrais coloridos, mosaicos com símbolos religiosos. Para as centenas de famílias que frequentavam a antiga Sinagoga Ohel Yaacov, no centro de São Paulo, antes de sua demolição por uma incorporadora, esses vidros também significaram uma ligação com a tradição judaica, algo que o progresso não destrói nem com britadeiras.
Todo esse simbolismo dos vitrais será justamente a principal atração da nova sinagoga Ohel Yaacov, que está sendo construída na Rua Cravinhos, no Jardim Paulistano, na zona sul - um dos bairros mais nobres da capital paulista. Da velha sede demolida na região central sobraram apenas os tais pedaços de vidro, que foram preservados e recuperados um por um, caco por caco, no novo prédio.
De volta às paredes até o segundo semestre de 2011, eles serão uma espécie de ponte de transição entre o arcaico e o moderno na nova sinagoga, que agora contará com salas de ensino, centros de palestra, biblioteca, auditório, área de convivência e espaço para festas.
De volta às paredes até o segundo semestre de 2011, eles serão uma espécie de ponte de transição entre o arcaico e o moderno na nova sinagoga, que agora contará com salas de ensino, centros de palestra, biblioteca, auditório, área de convivência e espaço para festas.
Foi o próprio Senor Abravanel, aliás, quem encontrou o terreno na Rua Cravinhos para a construção da nova sede - que agora terá 2.737 metros quadrados, uma sinagoga para 580 pessoas, outra menor, para 100 pessoas, e um salão de festas para 500 pessoas.
A nova Ohel Yaacov, como faz parte da tradição das sinagogas, não será apenas um templo para orações, mas também um centro cultural para o contato com as artes, o teatro, a música.
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