terça-feira, 10 de abril de 2012

A cidade e o precipicio - The city and the precipice

Há séculos o ser humano desafia a natureza construindo cidades em ambientes inóspitos e de difícil acesso. Ainda que o cenário escolhido não pareça propício e seguro para receber famílias, suas casas permanecem fortes e habitadas ao longo dos anos. É o caso de algumas cidades e vilarejos construídos à beira de penhascos. Quase que dependuradas, como se equilibrando para não cair do topo, compõem com a natureza uma paisagem pitoresca. Por sua beleza, recebem diariamente turistas de todas as partes do mundo e veranistas de finais de semana. Nas montanhas de Haraz, no Iêmen, está localizado o exótico vilarejo de Al Hajara, a cinco minutos de carro de Manakhah. Esta cidadela foi construída no século 12 pelos otomanos no cume de uma colina e possuía uma posição estratégica de defesa. As casas fortificadas são feitas de blocos maciços de pedras, coladas umas nas outras para formar uma espécie de muralha. Algumas das moradas têm até oito andares e mantêm a fachada detalhadamente decorada. Erguida sob um maciço rochoso, a apenas uma hora da Costa del Sol, na província de Málaga, a cidade de Ronda tem uma das paisagens mais dramáticas de toda Espanha. A cidade é dividia em duas partes por um desfiladeiro de mais de 150 metros, por onde passa o rio Guadelevín. Muitas das casas de Ronda, considerada berço das touradas, ficam à beira de um precipício. Por sua localização, Ronda foi uma das últimas cidades ocupadas pelos árabes a ser reconquistada pelos reinos católicos. Hoje, recebe diariamente grupos de turistas e é refúgio de final de semana para muitos espanhóis. Manarola é o menor dos cinco românticos povoados que formam a Cinque Terre, um dos tesouros da Itália, à beira do Mar da Ligúria. Este charmoso vilarejo de pescadores, conhecido por suas casas coloridas incrustadas na rocha escura, serve de porto natural para a parada de muitos barcos depois de um dia de pescaria. Durante a visita, vale a pena fazer um passeio pelas muitas vinícolas do lugar ou beber uma taça de vinho na praça da cidade, a Piazza Capellini. Na ilha francesa de Córsega, um dos vilarejos mais charmosos e mais visitados é a bela Bonifácio. A cidade de casas tom pastel foi construída no século 9, empoleirada à beira de uma falésia. Charmosa, ela recebe turistas de todas as partes. Não à toa. A vila de três mil habitantes tem um centro histórico composto por um emaranhado de ruelas, com restaurante e cafés. Na parte baixa está a marina, com iates elegantes, cafés, lojinhas e hotéis. Um passeio imperdível.
Na espetacular Santorini, Oía é o vilarejo que sintetiza o que a ilha grega tem de mais encantador. Nos penhascos multicoloridos que beiram uma cratera vulcânica, inundada pelo mar, foram erguidas casinhas brancas enfileiradas em vielas estreitas, pontuadas por igrejas de cúpula azul. Os visitantes encontram por lá bons bares e restaurantes, hotéis de charme e lojinhas de roupas e joias produzidas por estilistas locais. Ao fim do dia, muitos viajantes também se dirigem a Oía para assistir ao pôr-do-sol. No litoral português da cidade de Sintra, Azenhas do Mar é um pitoresco vilarejo construído na encosta de uma montanha. Na sua base há uma piscina natural de água oceânica muito apreciada pelos visitantes. Visitada durante todo o ano, ao longo de toda área escarpada há mirantes que oferecem belas vistas para o oceano aberto. O balneário é hoje ocupado principalmente por veranistas de fim de semana.

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