O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (INDA) convidou os arquitetos da FGMF para projetar o Museu do Aço, um equipamento cultural e educacional na zona Leste de São Paulo.
O programa inclui um teatro completo para 500 pessoas, espaço de exposições temporárias, o próprio museu do aço e salas de capacitação profissional. O edifício demonstra o uso do aço em diversas aplicações e formas, e deve se tornar uma referência prática da versatilidade do material. A proposta arquitetônica, porém, não partiu de um elemento sólido, mas de um vazio: o principal gerador do partido é o espaço público. "Mais que uma construção, queríamos que o museu fizesse parte do tecido urbano, que fosse experimentado em todos os momentos e por todas as pessoas, e não somente por aqueles que se dispusessem a entrar no espaço expositivo", explica Lourenço Gimenes, da FGMF.
No terreno de 400 m de frente para uma via expressa, ao lado de uma estação de metrô, o térreo foi liberado para deixá-lo visual e fisicamente permeável. Uma praça escavada, de acesso mais controlado, serve de abrigo ao foyer do teatro, às salas de aula, a um café e a espaços técnicos do complexo, além de se resguardar do barulho da avenida.
Sobre esse vazio - que também simboliza as minas de onde é extraído o minério de ferro - paira um enorme volume revestido de aço corten, suspenso por finas hastes tracionadas presas a uma estrutura periférica simples e esbelta. O volume inusitado e orgânico contrasta com a rigidez e precisão da estrutura que o sustenta.
O espaço interno também possui contornos irregulares, com mezaninos soltos e interligados por rampas. A forma irregular transforma-se em um espaço rico e de dimensões variadas no interior, com aberturas eventuais de vidro e tela perfurada que permitem vislumbrar a praça logo abaixo.
O espaço interno também possui contornos irregulares, com mezaninos soltos e interligados por rampas. A forma irregular transforma-se em um espaço rico e de dimensões variadas no interior, com aberturas eventuais de vidro e tela perfurada que permitem vislumbrar a praça logo abaixo.
A tela metálica, durante o dia, deixa o grande volume do museu ligeiramente enevoado, indefinido. Em rasgos estratégicos na tela, por onde se dão os acessos ao espaço público, podem-se ver pedaços desse elemento. Já à noite, iluminado, o museu surge com força na paisagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário