Patrimônio cultural da humanidade, Ouro Preto deve ganhar até 2011 seu Centro Municipal de Eventos, que pretende não só ajudar a preservar o centro histórico, como também contribuir para a requalificação do bairro de Padre Faria, área periférica e carente da cidade. O conjunto ocupará a grande gleba onde funcionava a Companhia Industrial de Ouro Preto, fábrica de tecidos construída no final do século 19. A facilidade de acesso ao local, junto à rodovia BR-356 e ao lado da recémrestaurada estação ferroviária Vitorino Dias, foi um dos fatores decisivos para a escolha da área. 
 Pavilhão - nível +1,5 01. Balcão / 2. Palco
3. Camarim / 4. Estacionamento
 Pavilhão - nível -21. Quadra poliesportiva / 2. Sanitários
Com cerca de 3,6 mil metros quadrados e 17 metros de pé-direito livre, o pavilhão de modulação ortogonal terá capacidade para mais de 7 mil pessoas e cria condições espaciais para diferentes distribuições de público, numa clara referência à praça Tiradentes. Sua estrutura será mista, com pilares e balcões de concreto, cobertura em sheds com telhas termoacústicas, empenas frontais em painéis de concreto pré-fabricado e vedos laterais com venezianas vazadas de aço corten suspensas acima do nível de circulação, para dar maior flexibilidade de uso ao espaço. Para tornar o espaço acusticamente confortável, a face opaca e interna dos sheds será revestida com lã de vidro e tecido. O piso terá a marcação de quadras esportivas, para uso da população no dia-a-dia.
 
Fábrica 1. Acesso / 2. Praça superior / 3. Cozinha-escola4. Administração / 5. Varanda / 6. Galeria / 7. Oficinas8. Sanitários 
No prédio original, a malha interna de pilares metálicos passará por processos de limpeza e receberá proteção antiferrugem, enquanto o piso cimentado será refeito. A cobertura necessitará de intervenções mais significativas. Como as telhas francesas originais não são mais encontradas no mercado e produzir um lote exclusivamente para a obra teria custo bastante elevado, a opção foi recriar a modulação da estrutura metálica, o que permitirá o uso de telhas francesas de formato comercial. Os sheds, hoje vedados por telhas de fibrocimento, também serão recuperados. O edifício abrigará as oficinas e outras atividades dirigidas à população do bairro.
 

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